23/03/2012 União entre dois homens consumada em cartório surpreende moradores de Manhuaçu - Jornal Estado de Minas

23/03/2012 07:41

O casamento de Wanderson Carlos de Moura e Rodrigo Diniz dividiu opiniões em Manhuaçu, na Zona da Mata. “É meio estranho assim de cara, mas não tenho nada contra, não. Cada um tem seu jeito de ser feliz”, disse a estudante Ana Paula de Oliveira, que não conhecia quem se casava, mas se esgueirava na porta de entrada para ver melhor. No outro lado da rua havia uma plateia de 20 pessoas. “A que ponto se chega”, reprovou a aposentada Maria Izabel Pinheiro, de 80 anos, semblante sério. “Até aqui, tudo bem, mas no religioso não dá”, sentenciou a filha dela, a empregada doméstica Mônica Pinheiro, de 50.


Wanderson e Rodrigo dizem nunca ter sofrido qualquer tipo de preconceito na rua quando saem juntos, mas evitam andar de mãos dadas. “Tenho receio dos comentários”, justifica Wanderson. Uma viatura da Polícia Militar acompanhou a cerimônia no cartório. “Por ser uma situação atípica, tem gente que ainda não entende... isso aí, né?”, justificou um dos soldados de prontidão. Mas não houve qualquer transtorno no decorrer da cerimônia.

Enquanto isso, os comentários se multiplicavam do lado de fora. A atendente de caixa Alessandra Vaz, de 24 anos, diz não ter “nada contra, mas é estranho duas pessoas do mesmo sexo se casando...talvez devesse ser proibido. Cada uma tem uma opção de sentimento, mas é errado em termos de religião. Sou católica. Não é e
rrado ser gay, mas praticar sim”, disse.     

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