03/05/2012 - Adoção é um ato de felicidade mútua, mas repleto de burocracias - Jusbrasil

03/05/2012 10:46

 

Uma espera de três anos e meio preparou a professora Simone Garcia da Silva para encarar a mais difícil e não menos prazerosa experiência de sua vida. Após muitas tentativas e nenhuma causa aparente, ela e o marido não conseguiam conceber um bebê e resolveram partir para a adoção.

Depois de dois anos de espera, a adoção de uma bebê foi frustrada. Encontraram uma recém-nascida e efetuaram adoção à brasileira. Com dois meses de convívio, a guarda provisória foi retirada por causa dos procedimentos burocráticos. "Nosso sofrimento foi imenso porque estávamos nos sentindo felizes como há muito não nos sentíamos. A Ana tinha tudo. Além de coisas materiais, muito amor", relata Simone.

Mas a frustração não foi uma barreira para continuarem tentando. Mais um ano e meio se passou até encontrarem Pedro Henrique, aos cinco meses, internado em um hospital da capital, vítima de maus tratos.

"A carteira de saúde do Pedro parecia uma bíblia, de tantos relatos e tantas enfermidades. O encontramos em um estado de saúde que alguns pensavam se tratar de uma criança deficiente. Ele precisava de muitos cuidados", lembra o pai, Marcelo da Silva.

As dificuldades que enfrentariam seriam muitas, mas nenhuma delas suficiente para desistirem do bebê. "Quando alguém faz um comentário sobre a sorte que ele teve de nós termos o encontrado, eu sempre falo que quem teve sorte fomos nós. Ele me ensinou a ser mãe", pontua Simone, em uma fala emocionada.

 

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