30/05/2012 - Doméstica registrada como homem consegue provar que é mulher e altera documentos - Estado de Minas
O acréscimo da letra “a” ao nome e a retificação do sexo na certidão de nascimento mudam a vida de Regimar – agora Regimara – Linhares da Silva, de 35 anos, mãe de seis filhos e moradora de Patos de Minas, na Região do Alto Paranaíba, a 400 quilômetros de Belo Horizonte. Há dois anos, depois de suportar piadinhas e ser impedida de se casar, mesmo vivendo em união estável com o pai dos seus filhos há 17 anos, ela tomou a decisão de procurar a Justiça e fazer a alteração necessária.
“Nasci em Patos de Minas, mas os meus pais foram passear em Anápolis (GO) e me registraram lá. O escrivão, então, me pôs no documento como se fosse do sexo masculino. Aí começou a confusão”, conta Regimara. Bem-humorada, ela diz que o escrivão só podia estar tonto. “E que ideia dos meus pais, me registrar em outro município. Fiquei sendo uma mineira registrada em Goiás.”