26/12/2011 - L-G-B-T - Coluna Osvaldo Braga
O movimento LGBT chega ao fim de 2011 com mais dúvidas do que soluções. Num ano em que nossas energias se voltaram para a defesa aos ataques de evangélicos raivosos e descontrolados, dedicamos tempo demais a re-explicar o óbvio, revertendo para o campo da razão valores como solidariedade, amor, compaixão, respeito; deturpados conforme os interesses de religiosos cafajestes. Fomos declarados inimigos número um dos fundamentalistas e tivemos nossa cidadania jogada na sarjeta em templos neo pentecostais, na TV e em lavagens cerebrais coletivas, como as marchas religiosas e os shows de músicas gospel.
Na defensiva, fechamos o ano com uma segunda conferência LGBT, onde o que menos fez sentido foi a junção dessas quatro letras, independente de sua ordem: GLBT, como queriam os gays; LGBT como querem as lésbicas; TLGB, como almejaram e perderam as travestis e transexuais. As lésbicas, em maior número na conferência, parte delas identificadas também com os bissexuais, fecharam questão sobre a inclusão de referências explícitas às mulheres lésbicas, à lesbianidade e à "lesbofobia" sempre que se falasse em homossexualidade e homofobia.
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